quarta-feira, 17 de junho de 2015

TRILHA: TESTE DE FÔLEGO E NOVA EXPERIÊNCIA

JUNHO/2015.

- Aqui vou tentar descrever a minha impressão sobre a primeira aventura de participar em uma trilha com bicicleta; Houve uma anterior , na Rota do Vinho em São Roque, mas como a maior parte foi sobre o asfalto, não quero considerar que foi uma trilha. O que irei contar foi na TRILHA DA GRUTA DA PAMONHA- ATIBAIA que fica na altura do km 57 da Rod. Fernão Dias.

- Obviamente, para os já praticantes, os meus relatos serão chover no molhado: O meu desejo é de levar para ciclistas de idades ao redor da minha, com prótese incrustado na junção com a bacia, parafusos e metais segurando vértebras da coluna lombar e cirurgia que extirpou 1/3 da planta do pé devido a melanoma, mesmo assim, o gosto e a vontade de pedalar, me fazer experimentar essa prática e acompanhar a moçada. Assim esclarecido, passo relatar.

- Pedalar no asfalto, sejam nas ruas ou nas rodovias é uma coisa, outra é numa estrada ou picadas de terra fofa, de cascalhos, pedras salientes fixas e  soltas , galhos, canais formados pelas chuvas e rodas de carros e/ou barros e poças : Poeiras que obrigam a ter que prender respiração nos momentos mais necessários, e dificuldade de visão, ou ter que atravessar poças e barros escorregadios que mal dá para manter equilíbrio.

-  Sucessão de subidas curtas e longas em que no momento não se sabe se pedala sentado ou em pé , roda traseira patinando sobre cascalho e nos trechos de maior inclinação, exigi-se um esforço físico geral muito forte. Nessas condições, é preciso saber como manusear as marchas do câmbio.

- Onde tem subidas, tem descidas, óbvio, e aí pode parecer fácil, e é de fato ajuda muito a recuperar o cansaço da subida; Mas a descida em trilha costuma se soltar os freios, e aí é quase loucura, com a roda dianteira dançando de um lado para outra devido pedras e cascalhos, quando não, pedras maiores e valetas ao longo ou em diagonal , parecendo nos jogar para o alto. Difícil tentar frear pois a roda traseira começa a "rabear" e a dianteira nem pensar com risco de dar "cambalhota", então o jeito é "rezar" baixo. Ciclistas experientes vão com tudo , numa desabalada sem medo de tombo.

- Nessa sucessão de subidas e descidas, após percorrer vários quilômetros , vai havendo desidratação rápida e , é preciso ir tomando líquido, além de repor energia ingerindo alimentos próprios como cereal e chocolates; O cansaço, mesmo acostumado a pedalar, nessa idade vai se somando e dependendo da distância a pedalar, chega se no limite.

- Devido a minha inexperiência, fui como costumo ir nas pedaladas que faço com grupo noturno e nos passeios de domingos, sem os devidos cuidados citados no parágrafo anterior; Antes de sair de casa às 6 hs, tomei lanche de costume e no decorrer da trilha só tomei água e nenhum alimento até o fim, enquanto que, os demais, numa parada num armazém, tomaram refrigerantes e comeram: Resultado, pouco antes de chegar no final da trilha, no topo da última subida senti que estava exausto, mas como veio uma descida longa e por fim, o ponto de partida e também da chegada , me aliviei.

- Cada um de nós foi chegando junto dos carros para carregar a bike, e eu me encostei na pic-up para descansar: só me dei conta quando sentado no chão, recobrei o sentido e vi vários colegas me oferecendo água e biscoito salgado; um dos colegas que vinha para me cumprimentar pelo término da trilha , ao estendes a mão , me viu desmaiar; foi por alguns segundos e na opinião dos colegas , pode ter sido queda de pressão devido ao calor, e/ou hipotermia; Logo em seguida me levantei e me sentia bem novamente.

- Outros detalhes são importantes, como por exemplo, a condição da bike e itens de reserva e ferramentas para imprevistos como câmara de ar, ajuste ergonômico do guidão e selim que podem ajudar a render mais nos esforços ; Nessa trilha ouve quebra de corrente e o conserto feito graças a ferramenta de um dos participante.

- Dessa experiência posso dizer que fazer trilha , apesar de exigir muito esforço, é muito mais emocionante e a sensação de satisfação após vencer os obstáculos é muito mais do que pedalar no conforto de uma ciclofaixas ou ciclovias.

JKY


   




segunda-feira, 1 de junho de 2015

PEDALAR COM GRUPO

PEDALANDO COM O GRUPO PAC- 01/6/2015

Pedalando há mais de 3 anos com o PAC, estou razoavelmente em forma e prático: Para pedalar em grupo é necessário primeiro um mínimo de prática e resistência: Depois, além de acessórios como capacete e luvas, bicicleta em ordem e de qualidade  médio para cima: É necessário lanterna traseira e dianteira se for pedalar a noite, câmara de ar reserva, bomba e ferramenta para extrair e recolocar câmara/ pneu:

É necessário também que a bike esteja em ordem, como os freios, a corrente e o conjunto do câmbio e a altura do selim e do  guidão ajustado corretamente a sua altura.Observar e conversar com colegas mais experientes , inclusive tirando dúvidas, pode evitar acidentes e melhorar a sua pedaladas. Geralmente ciclistas são solícitos e fáceis de conversar.

Cada grupo tem seus princípios e regras, como por exemplo, o ritmo, trajetos variados, disciplinas, e é preciso se ajustar àquele grupo que seu estado físico/emocional mais lhe convém e lhes ofereça satisfação plena; Não faltam grupos , que é só procurar na internet, e ver quanto aos horário, dias da semana, e localização de agrupamento.

Com 76 anos, comparativamente aos mais jovens estou limitado às condições dessa idade, mas depende  muito do condicionamento e de estado de saúde geral: O que irei contar adiante é fato novo para mim que estou experimentando .

Recentemente, de uns 2 meses para cá, estou sentindo uma mudança, vamos dizer, psicológico: Até então, sempre que me deparava com uma subida ou principalmente uma ladeira, estando só ou em grupo, sentia pouco ânimo para enfrentar e chegando ao final o cansaço era muito forte: Assim, quando sabia previamente que o trajeto teria subida, e iria sozinho, procurava contornar, ou iria de carro: 

Em grupo a situação nessas condições são outras, não dá para evitar: Tem que enfrentar, e isso ajuda a melhorar o condicionamento, mas, a sensação de cansaço geral é muito desgastante e as vezes ocasiona até desanimo. E invariavelmente, numa pedalada, encontramos várias subidas, uns leves, outras fortes. 

Como disse acima, ultimamente, subidas, rampas ou mesmo pedaladas forte em planos e trajetos longos não me fazem mais sentir sensação  desanimadora, e sim, vontade de encarar normalmente; Obviamente causa cansaço, mas a recuperação em cada etapa´passou a ser rápida: E também o que era demorado nos dias sub sequente às pedaladas mais longas deixou de ser.

Como consequência disso, sabendo de colegas que postaram subidas ao Pico do Jaraguá,comecei a pensar em me testar e coincidentemente um colega que ainda não tinha subido, comentou em subirmos um dia: Era o que faltava e logo combinamos . e num belo domingo estávamos em grupo de 4 colegas, chegando ao topo, com total alegria e o cansaço, perguntei a mim mesmo, cadê ?

Antes da subida ao Pico, nas brincadeiras do nosso guia durante pedaladas noturnas de quartas
de subir "paredões" para àqueles que quisessem, normalmente pensava, isso não é comigo, pra que ? E aí vem o que disse anteriormente, ser mudança psicológica: Venho pedalando há bom tempo num mesmo ritmo , mesmo grupo, duas vezes por semana, nem mais , nem menos. Deu me vontade e sem pensar duas vezes comecei a participar, conseguir  e chegar em casa inteiro. Antes, durante o trajeto, tinha que me preservar para chegar menos cansado.